O deputado federal Ruy Carneiro (Podemos) deu uma vitaminada na candidatura a prefeito de João Pessoa ao receber o apoio do União Brasil e MDB. Partidos que estão fortalecidos e em crescimento no estado, com bons cenários desenhados para os próximos anos.
Além de serem comandados por senadores, Efraim Filho e Veneziano Vital do Rêgo, respectivamente, que, até então, demonstram total compromisso com a empreitada eleitoral de Carneiro, na capital.
Não ficarão apenas como figurantes. Devem atuar intensamente. E não pode ser diferente. 2026 está logo ali e um bom desempenho em João Pessoa pode nos projetos eleitorais dos dois.
Depois do susto, com condenação do caso Desk, em grau de recurso (que será explorado por adversários na disputa), a aliança era o que Ruy precisava para firmar competitividade.
Tem discurso, recall, faz o papel de opositor onipresente, tem ações como deputado e, agora, tem um grupo para chamar de seu.
Precisará de tudo isso e muito mais para encarar o ‘favoritismo’ do atual prefeito Cícero Lucena (PP), que vive o melhor momento da gestão, seja na confiança, política de alianças ou na administração. Sob as perspectivas de entregas importantes e ações que saíram da fase de ordem de serviço e projeto em 3D. Mas, ainda, com ‘calos’ na saúde, por exemplo.
Se vai segurar esse “clima de não tem pra ninguém” até outubro, ninguém sabe.
Por enquanto, os movimentos e fatos ajudam: livrou-se do fantasma do rompimento com o governador João Azevêdo (PSB). Livrou-se da metralhadora oposicionista de Nilvan, e vê o PT caindo em suas mãos de maneira integral ou se espedaçando para a disputa.
De quebra, ainda tem um eclético balaio partidário: PP, PSB, Avante, PSD, Republicanos, PCdoB, PV, PDT, Solidariedade, PMN, Agir e DC. Um blocão considerável.
Ruy, que já tinha o apoio do PSDB, reassume seu lugar na disputa, que agora tem uma preocupação: a direita-conservadora-bolsonarista, com Marcelo Queiroga (PL) e Sérgio Queiroz (Novo), aparentemente mais organizada.
Para onde deverá olhar também com atenção, para não subestimar a capacidade de fazer muito barulho (ou mais do que isso) e de polarizar a eleição.
Olhar para os dois lados não será simples, mas um bom grupo ajuda muito.
