A presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti Maranhão, avaliou que o uso de inteligência artificial será o grande desafio para as eleições municipais deste ano. “Teremos as eleições mais complicadas da historia do país, neste último século, por conta da inteligência artificial, que é capaz de simular vozes, situações e até vídeo com muita perfeição”, disse, em entrevista à CBN Paraíba nesta segunda-feira (25).
Para Fátima Bezerra, “quando é utilizada pelo bem, é um passo para o progresso, mas em eleições sabemos que tem pessoas que não têm ética, não tem compromisso com a verdade, e que são capazes de cometer atrocidades, uma atitude que não é correta”.
A desembargadora admitiu que a Justiça Eleitoral da Paraíba não dispõe de mecanismos para identificar notícias falsas “ou fantasiosas”, mas que o núcleo de inteligência da Justiça Eleitoral da Paraíba tem buscado soluções, através de parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Polícia Federal (PF), que devem fornecer suporte técnicos em casos que chegaram ao judiciário. “A Polícia Federal será um órgão importantíssimo, porque eles dispõe de equipamentos que nos permitem identificar as fake news“, explicou.
Fátima encerra o segundo biênio como presidente do TRE-PB da Paraíba no próximo dia 11 de março. Quem assume a presidência da Corte é a desembargadora Agamenildes Dias, atual vice-presidente e Corregedora do TRE-PB. O vice passa a ser o desembargador Oswaldo Trigueiro do Vale.
Balanço da presidente no TRE-PB
Na entrevista à CBN, Fátima Bezerra fez um balanço da sua gestão e pontuou o que considera avanços conquistado no período em que esteve à frente do TRE-PB. Um dos pontos destacados é a questão do combate à fraude de gênero. Várias decisões tomadas pelo TRE foram referendadas pelo TSE, inclusive com a determinação de novas eleições em cidades na Paraíba.
“Mostra que estávamos sendo no caminho certo e vamos continuar no caminho certo. trabalhando e forma constante, inclusive fazendo reunião com partidos políticos porque estamos no macro processo eleitoral. É muito importante que as mulheres sejam respeitas e se respeitem a si próprias. Tenho certeza que com esse trabalho pedagógicos, com as cassações, tenho certeza que nas próximas eleições nos não teremos esse trabalho de modo tão contundente”, avaliou Bezerra.
A presidente também destacou o trabalho realizado para inclusão de pessoas com necessidades especiais no processo eleitoral, sobretudo para quem eles tenham acesso ao voto, bem como a campanha do nome social.