“Controle e Monitoramento: Avanços Tecnológicos na Gestão Florestal” foi o tema do 26º Sisema ComCiência, realizado nesta quinta-feira (21/9). A edição especial faz parte da programação preparada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) para as comemorações da Semana Florestal em 2023, cujo tema debateu as “Perspectivas para o Desenvolvimento Sustentável e a Proteção da Biodiversidade”.
Flavio Aquino, diretor de Controle, Monitoramento e Geotecnologia do IEF, lembrou durante o seminário que “o trabalho de controle e monitoramento é feito a muitas mãos, envolvendo, além do IEF, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Polícia Militar de Meio Ambiente”.
Ele explicou que o IEF monitora a cobertura vegetal do estado por meio da análise de imagens de satélite. “O trabalho teve início em 2009, com o objetivo de detectar mudanças na cobertura do solo (supressão de vegetação) em um curto intervalo de tempo, possibilitando uma rápida ação de fiscalização nas áreas identificadas como não autorizadas”, disse.
Aquino observou que, até 2017, o trabalho era feito com imagens do satélite Landsat, com repasse mensal das informações. Em 2018, as informações passaram a ser repassadas diariamente e com imagens do satélite Sentinel.
Em 2023, foram incorporados os dados da plataforma Brasil Mais, uma plataforma web que permite o compartilhamento de imagens de satélite diárias. “Os alertas são gerados automaticamente por Inteligência Artificial, a partir da interpretação de imagens que possuem três metros de resolução espacial, e os dados são atualizados diariamente ou semanalmente”, observou. “Automatizando o processo, aceleramos também o tempo de resposta”, completou.
“O uso da Brasil Mais permite identificar desmatamentos ilegais ainda no início”, afirmou. “Também é possível acompanhar se as intervenções autorizadas estão sendo cumpridas corretamente”, destacou.
Fiscalização
O superintendente de Fiscalização Ambiental da Semad, Gustavo Endrigo de Sá Fonseca, também participou do debate e explicou que os dados do IEF subsidiam o planejamento e o trabalho de fiscalização das equipes do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), sendo que a Semad faz o planejamento das operações de fiscalização. “A Polícia Militar de Meio Ambiente e a própria Semad fazem a fiscalização dos polígonos”, observou.
“Em 2023, o atendimento foi de 75% das ocorrências”, destacou Endrigo. Em 2022, foram feitas 10.634 operações de fiscalização com um aumento de 51% em relação a 2021. 45 mil hectares de área foram fiscalizados e identificadas 6.530 infrações. Ele destacou que, até o momento, em 2023, foram realizadas 7.708 fiscalizações e identificadas 4.711 infrações.
Ele observou que, recentemente, houve uma reformulação da identidade visual da fiscalização, com aquisição de uniformes. “É importante para deixar clara a presença do Estado”, afirmou.
O Sisema ComCiência é realizado mensalmente e a proposta é discutir questões relacionadas à gestão ambiental. As edições estão disponíveis neste endereço.
