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Epagri reúne mais de 150 pessoas no 1º seminário de turismo rural em São Miguel do Oeste

Empreendedores rurais, agentes de turismo, agricultores familiares, extensionistas e representantes de instituições públicas e privadas formaram a plateia (Fotos: Karin Helena Antunes de Moraes / Epagri)

As Gerências Regionais da Epagri em Palmitos e São Miguel do Oeste realizaram no dia 28 de agosto o 1º seminário de turismo rural do Extremo Oeste. O evento reuniu mais de 150 pessoas, incluindo empreendedores rurais, agentes de turismo, agricultores familiares, extensionistas, além de representantes de prefeituras e de instituições públicas e privadas, interessadas em discutir e impulsionar o turismo regional. 

O extensionista Douglas Gato, coordenador do seminário, afirma que a região é conhecida pelo forte potencial produtivo, mas que nos últimos anos o turismo rural tem se fortalecido em áreas como gastronomia, aventura, experiência e ecoturismo. Douglas vê neste movimento, um passo importante para que mais pessoas conheçam as riquezas do Extremo Oeste catarinense. Segundo ele, o objetivo do encontro “é discutir o turismo rural e desenvolver outras formas de renda nas propriedades, seja conciliando com outras atividades, seja focando exclusivamente no turismo rural”, diz.  

O encontro apresentou palestras dos presidentes das instâncias de governança regional (IGR), das regiões de Joinville e do Extremo Oeste, Luiza Silva e Ricardo Scalco, da coordenadora do colegiado de turismo da Associação de Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (AMEOSC), Fernanda Cristina Stahl, e da extensionista social da Epagri, no município de Mafra e coordenadora do Programa Gestão e Mercados, Telma Tatiana Köene. Telma, que apresentou temas relacionados ao processo de legalização das atividades e tributações para os proprietários rurais, destaca que “o empreendedor do turismo rural precisa estar sempre estudando, por isso, nesse evento trouxemos algumas questões que os ajudem a legalizar as atividades desenvolvidas em suas propriedades”. 

Casos de sucesso emocionaram plateia

Além disso, foram apresentados casos de sucesso de agricultores familiares que apostaram no turismo rural. Os empreendedores Gelson Bulegon, de Anchieta, Ellen Parise, de Pinhalzinho, Carine Babick, de Itapiranga, e o casal Norma e Moacir Bariviera, do município de Guaraciaba, compartilharam suas experiências com o público.

Eles relataram o processo de transformação das propriedades e a adaptação às novas atividades e emocionaram o público relatando momentos de dificuldades e superação, como o descrito por Gelson Buligon, que utilizou as economias para reformar o porão da propriedade para abrir um café colonial. Meses depois ele viu o sonho ser abruptamente interrompido com a chegada da pandemia. Hoje, o sítio Vale Vêneto é bastante procurado, não apenas pela gastronomia, mas também como opção de hospedagem e espaço para eventos, tendo inclusive servido de cenário para o filme Barão Hirsch: O Judeu de Quatro Irmãos, do cineasta Osnei de Lima. 

Os gerentes regionais da Epagri em Palmitos, Mírcon Frühauf, e São Miguel do Oeste, Sidinei Egon Simon, realizaram a abertura do evento ao lado representantes de prefeituras e entidades da região

O presidente da IGR Caminhos da Fronteira, Ricardo Scalco destacou o potencial turístico dos municípios, que têm atraído cada vez mais visitantes que buscam novas experiências e paisagens. Ricardo citou alguns dos atrativos que os turistas podem encontrar na região, como o Museu Histórico Professor Edvino Carlos Hölscher, em Guaraciaba, maior museu em zona rural da América Latina, as belas cachoeiras de Anchieta e a igreja matriz de São João do Oeste, construída inteiramente em madeira, considerada uma das maiores do continente. 

Douglas reforça o papel da Epagri como articuladora entre os municípios e outros agentes, como as instâncias de governança regionais, associações municipais  e o governo federal. Ele salienta ainda o papel dos extensionistas “que constroem fortes vínculos com os produtores e empreendedores do turismo, através das visitas e acompanhamentos. Por isso, eles conseguem discutir melhorias, alternativas e ações que se adequem às necessidades de cada propriedade”. 

Por: Karin Helena Antunes de Moraes, jornalista bolsista Epagri/Fapesc