A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) promoveu, nesta terça-feira (24/6), webinário voltado a educadores da rede estadual com foco na construção de uma educação antirracista. A ação integra o projeto Ginga: Construindo uma Educação Antirracista em Minas Gerais, realizado em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais (Mpmg).
Durante o encontro virtual, foram apresentados recursos pedagógicos e estratégias para a construção de uma escola antirracista, em contraposição ao racismo institucional. Os participantes puderam conhecer a metodologia do projeto, que inclui vídeos, cartilhas formativas e sequências didáticas, voltadas para promover a equidade e o pertencimento no cotidiano das salas de aula.
Todo o conteúdo didático da campanha estará disponível nos próximos dias no site da SEE/MG. Já a transmissão do webinário pode ser assistida na íntegra pelo canal da pasta no YouTube.
Na abertura do evento, a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Kellen Senra, destacou o papel estratégico do projeto na rede estadual. “O Ginga foi criado para fortalecer a construção de uma escola antirracista, mais justa e inclusiva para todos os nossos estudantes. É uma ação que se soma a tantas outras da nossa rede, com foco na melhoria da aprendizagem e na valorização da diversidade”, afirmou.
Professora da rede há mais de 25 anos, diretora do Instituto Agô e uma das idealizadoras do projeto, Iara Viana, também ressaltou o impacto da iniciativa. “Esse movimento nos convoca para um movimento intencional para olhar para todos os estudantes e perceber que há nuances diferentes de ensino e aprendizagem para cada um deles. Vamos discutir equidade e reconhecer que as pessoas são diferentes”, destacou.
Sobre o Ginga
O projeto Ginga foi lançado em dezembro de 2024 e terá duração de 18 meses. A expectativa é que ele impacte diretamente as 47 Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e cerca de 3.400 escolas da rede estadual.
A proposta dialoga com a realidade da rede pública mineira, composta majoritariamente por estudantes autodeclarados pretos ou pardos — que representam 62,6% das matrículas. Nos cursos do Trilhas de Futuro, programa de formação técnica e profissional do Governo de Minas, essa média chega a 66,7%.
O alinhamento do Ginga com outras políticas públicas da educação estadual fortalece o protagonismo estudantil e valoriza uma gestão pedagógica comprometida com a equidade racial, o respeito à diversidade e a transformação social.