Cinco anos após a confirmação do primeiro caso de covid-19 em Minas Gerais, o Estado colhe os frutos das ações implementadas durante a maior crise sanitária global. O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), adotou medidas estratégicas que garantiram assistência à população durante a pandemia e deixaram um legado duradouro para o sistema público de saúde.
“O enfrentamento da pandemia exigiu esforços inéditos, mas também impulsionou melhorias permanentes na saúde pública. Fizemos um grande trabalho aqui em Minas Gerais e tivemos, por exemplo, a menor letalidade dos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste relacionados à covid”, ressalta o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
“Tivemos momentos difíceis, com dificuldades de compra de máscaras e insumos básicos, mas conseguimos fazer a gestão correta e não faltou nem oxigênio e nem medicamentos para intubação, por exemplo. Hoje, temos um SUS mais estruturado, acessível e preparado para desafios futuros, consolidando um legado de inovação, eficiência e compromisso com a vida dos mineiros”, celebra.
Vacinação e infraestrutura reforçada
A vacinação foi essencial para o enfrentamento da pandemia. As doses recebidas foram distribuídas aos 853 municípios, com apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, garantindo acesso universal ao imunizante. Para viabilizar esse processo, a SES-MG recebeu ainda 707 câmaras de conservação e modernizou a Central Estadual da Rede de Frio e suas unidades regionais.
Até fevereiro de 2025, mais de 62 milhões de doses foram aplicadas, incluindo a vacina bivalente.
Ampliação de leitos e assistência qualificada
Durante a pandemia, Minas Gerais reorganizou os fluxos de atendimento e expandiu a capacidade hospitalar. Em dezembro de 2019, o estado contava com 30.400 leitos SUS, número que cresceu para 33.497 até janeiro de 2025.
As 13 Centrais Regionais de Regulação Assistencial otimizaram o atendimento a pacientes com covid-19 e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). No período entre março de 2020 e março de 2023, mais de 340 mil internações foram realizadas nesses casos.
Os hospitais que mantiveram leitos durante o período emergencial receberam R$ 890,4 milhões. Além disso, foram investidos R$ 45,8 milhões para custear ações e serviços de saúde e doados 7.837 equipamentos hospitalares e 187 veículos para 660 municípios. Outros 1.613 equipamentos e 12 veículos foram cedidos, com um investimento de R$66 milhões.
Fortalecimento das redes de urgência e emergência
As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) foram modernizadas e receberam reforço estrutural, além de contarem com um investimento de R$ 7,6 milhões para suporte ventilatório. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) também teve papel crucial no atendimento pré-hospitalar, com um aporte de R$ 10 milhões para fortalecimento das estruturas macrorregionais.
O transporte inter-hospitalar, realizado pelo Suporte Aéreo Avançado de Vida (Saav) e pelo Comando de Aviação do Estado (Comave), garantiu a transferência rápida de pacientes graves. Para a operacionalização do serviço, foram investidos mais de R$179 mil.
Vigilância epidemiológica estruturada
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (Cievs-MG) monitorou casos e óbitos, coordenou situações de crise, elaborou planos de contingência e ofereceu suporte ininterrupto aos municípios.
Para o diagnóstico de covid-19, foi criada uma rede descentralizada com 23 laboratórios parceiros. O Laboratório Central de Saúde Pública do estado (Lacen-MG) também expandiu sua capacidade, processando mais de duas mil amostras diárias, dez vezes a inicial.
Em julho de 2021, foi criado o Observatório de Vigilância Genômica, que segue em operação monitorando novas variantes da covid-19 e outros agentes virais.
Transparência e tecnologia na gestão da saúde
A adoção de tecnologias digitais garantiu transparência e eficiência na gestão da pandemia. O Painel de Monitoramento e o Vacinômetro informavam em tempo real os dados da doença e da cobertura vacinal. Além disso, aplicativos e sistemas digitais integrados permitiram a notificação ágil de casos e aprimoraram o monitoramento epidemiológico.