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Solidariedade: a mobilização de Santa Catarina para auxiliar o Rio Grande do Sul durante a enchente histórica

A última semana foi marcada pelo retorno das últimas equipes de policiais militares de Santa Catarina que ainda atuavam em solo gaúcho.

Desde a primeira semana de maio, quando o Rio Grande do Sul foi atingido por fortes chuvas que causaram uma catástrofe histórica, Santa Catarina abriu várias frentes de auxílio.

Segundo o governador Jorginho Mello, Santa Catarina foi o primeiro estado a socorrer o Rio Grande do Sul e foi determinado de imediato que os órgãos estaduais prestassem todo o socorro necessário ao estado vizinho:

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Foram mobilizadas Forças de Segurança, com as polícias Militar, Civil, Científica e Corpo de Bombeiros, Secretaria da Administração Prisional, além da Defesa Civil.

Também saíram em socorro as secretarias da Saúde, Assistência Social, as companhias de abastecimento de serviços essenciais como Casan, Celesc, SCGÁS, além da Ceasa.

O trabalho das equipes de segurança rendeu o salvamento de 3.916 pessoas e 667 animais. Parte desses números, foi resultado da ação da Polícia Militar de Santa Catarina.

A ação contou com a participação de 249 policiais militares, que utilizaram 11 embarcações, 61 viaturas 4×4, cinco aeronaves e seis veículos como caminhões, vans e micro-ônibus.

Quem também contribuiu para o número de salvamentos foi o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), que esteve em solo gaúcho durante 75 dias.

A operação mobilizou 165 bombeiros militares e 28 cães de busca, além de 54 viaturas, 40 embarcações, 19 motores de popa, dois caminhões, uma mini escavadeira e um quadriciclo.

O sargento Barbosa do CBMSC, que atuou na linha de frente dos trabalhos, relembra o início da missão no estado vizinho:

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O trabalho do CBMSC foi além dos resgates e firmou parceria com a Secretaria de Estado da Saúde. Por meio do serviço aeromédico, em conjunto com o Samu Aeromédico (SES/SAMU) e com o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc), foram transportadas 1.400 bolsas de sangue e medula óssea. Foram dois voos, um saindo de Florianópolis e outro de Joaçaba.

Outra ação fundamental incluiu o transporte aeromédico de pacientes, medicamentos, materiais e insumos.

As polícias Civil, Científica e a Secretaria da Administração Prisional também colaboraram para amenizar as perdas e o sofrimento do Rio Grande do Sul.

A PCSC enviou 161 policiais, sendo 152 policiais civis. Foram usadas 45 viaturas e uma aeronave para patrulhamento de áreas alagadas, resgates e ajuda humanitária. Foram disponibilizadas quatro viaturas empenhadas e oito servidores.

Já a Secretaria da Administração Prisional e Socioeducativa ajudou com 52 Policiais Penais e 10 viaturas, dando suporte aos policiais penais gaúchos.

A Secretaria da Proteção e Defesa Civil atuou em três frentes durante todo processo de assistência: auxílio a operações, assistência humanitária e auxílio ao comando de operações. Desde o início das operações foram enviados ao Rio Grande do Sul 2.090 toneladas de donativos.

O secretário da Proteção e Defesa Civil, coronel Fabiano de Souza, comentou sobre a mobilização e ressaltou o dever cumpridos de todos os envolvidos:

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A Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família (SAS), por meio dos municípios, especialmente os que fazem divisa com o Rio Grande do Sul, recebeu e acolheu refugiados. O trabalho incluiu a orientação sobre o acesso aos benefícios da Assistência Social, como aluguel social, cesta básica, entre outros.

Além de parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), para encaminhar os gaúchos que chegavam aos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) para o mercado de trabalho. O encaminhamento foi feito com a plataforma Emprego Já.

Em outra frente, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), adotou 10 escritórios da Emater-RS e arrecadou móveis e equipamentos para reconstruir as sedes físicas de 10 municípios.

O Governo de Santa Catarina e a Latam também estabeleceram uma parceria para contribuir com a logística de doações destinadas ao Rio Grande do Sul.

As Secretarias de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF) e de Proteção de Defesa Civil atuaram diretamente com a empresa aérea que mantém o programa Avião Solidário.

A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) esteve presente com o envio de uma equipe de eletromecânica de Criciúma para Canoas, no dia 5 de maio.

Os funcionários levaram um equipamento de motobomba e mais três bombas de dragagem para reativar a Estação de Tratamento de Água, alagada pelas cheias.

A Estação enviava água para o tratamento e colaborava diretamente com o abastecimento de 150 mil pessoas, incluindo o Centro Histórico e cinco hospitais.

A Celesc também esteve presente com mais de 60 profissionais para auxiliar na recomposição do sistema elétrico do Rio Grande do Sul. Foram 10 caminhões e 50 eletricistas, além de técnicos, pessoal de apoio logístico e engenheiros.

Eles atuaram em diferentes regiões respondendo por mais de 60 serviços de campo em 35 comunidades, pela instalação de 57 novos postes, a reimplantação de outros dez e a construção de uma nova rede totalmente reconfigurada, com a colocação de mais de 22 km de cabos.

Além disso, houve atividades de restabelecimento da energia em regiões de enchente, com a recomposição de alimentadores e a energização de transformadores, além do atendimento de emergências, como cabos partidos, por exemplo.

Por meio de uma solução tecnológica, as equipes catarinenses em território gaúcho conseguiram otimizar tempo e recursos usando o software Kaffa Espresso para importar informações georreferenciadas sobre os municípios gaúchos afetados pelas cheias e deslizamentos.

O conjunto de ações também contou com a SCGÁS. O órgão ofereceu apoio para a Companhia de Gás do Estado (Sulgás), mobilizando técnicos, veículos e equipamentos essenciais para ajudar na recuperação das áreas afetadas.

A companhia disponibilizou um volume de 100.000 m³/dia de gás natural através de manobras para deslocamento de consumo entre Estações de Transferência de Custódia da SCGÁS, ajudando a manter a segurança operacional no transporte de gás natural.

A Central de Abastecimento do Estado de Santa Catarina Ceasa), contribuiu para o abastecimento de alimentos prestando todo o suporte necessário aos caminhoneiros vindos do estado vizinho, enquanto a Ceasa de Porto Alegre esteve fechada.

A sede catarinense ofereceu suporte para os caminhoneiros com banheiros e chuveiros, além de entrada antecipada nos pátios e entrega de contatos dos permissionários e agricultores, facilitando e agilizando a comunicação entre o caminhoneiro do RS e o agricultor catarinense.