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Agência Minas Gerais | Estação da Copasa trata mais de 70% da água lançada na Lagoa da Pampulha

Em contribuição ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quarta-feira (5/6), a Copasa prepara para este mês uma grande ação na Lagoa da Pampulha em alusão ao Projeto Reviva, um conjunto de medidas que vai contribuir para a universalização da coleta e tratamento de esgoto de um dos símbolos de Belo Horizonte.

Além de obras e uma série de ações, um dos processos mais importantes da companhia para auxiliar na despoluição da lagoa é a operação da Estação de Tratamento de Águas Fluviais (Etaf) Pampulha.

Essa estrutura, aliada aos equipamentos de tratamento, possibilita atualmente tratar 65 milhões de litros por dia, o equivalente a 70% da água lançada na lagoa. Para se ter uma ideia da dimensão do que é realizado e os benefícios para a toda a Bacia da Pampulha, entre a entrada e a etapa preliminar do processo, chegam a ser acumulados e removidos uma média de 25 toneladas de resíduos de diversos tipos de materiais por mês, sendo que, desse montante, cerca de 15 toneladas são de areia. Todo esse resíduo é recolhido pela Copasa e encaminhado para o aterro sanitário licenciado.

Segundo Sérgio Neves Pacheco, gestor de Empreendimento de Grande Porte da Copasa, responsável pela condução do Plano de Ação Reviva Pampulha, a Etaf representa uma importante unidade operacional para manutenção da qualidade da lagoa, uma vez que, além do tratamento das águas fluviais, são retiradas mensalmente toneladas de resíduos sólidos ainda presentes nos córregos Ressaca e Sarandi.

“Por isso a Copasa mantém sua operação de forma contínua, contribuindo de forma significativa para a revitalização da Lagoa da Pampulha”, explicou Pacheco.

O gestor da companhia explica ainda que a Etaf ganha ainda mais importância nos períodos de estiagem, em que os córregos Ressaca e Sarandi têm suas vazões reduzidas.

A estação de tratamento foi planejada para receber uma vazão média de 750 litros por segundo, podendo chegar a 900, que fluem dentro de um canal de adução de 360 metros de comprimento, por 3 metros de largura, em uma profundidade de 1,25 metros.

 

Copasa / Divulgação

Vale destacar que a Etaf conta com sistema de reuso de água, método em que parte do efluente tratado é canalizado e transportado para ser reutilizado nas etapas de tratamento, como limpeza das calhas e na microaeração.

Por meio da utilização desse sistema sustentável, que se retroalimenta, economiza-se cerca de 450 mil litros de água potável em média por mês.

Ao longo do canal de adução, depois do tratamento preliminar, a água passa por mais algumas etapas de tratamento. Para a aglutinação das partículas sólidas, naturalmente presentes no curso d’água, são adicionados produtos químicos e com auxílio de equipamentos realiza-se a mistura e sua remoção.

Na floculação e microaeração (mistura de água e ar pressurizado) a camada de lodo aglutinado suspenso se mantém no trecho final do canal de adução, onde posteriormente é raspado e removido para a Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Onça.

Concluída a última fase com a retirada do lodo, em um canal mais estreito e com uma profundidade menor, observa-se o aspecto cristalino da água antes de seu lançamento para a Lagoa da Pampulha.

Reviva Pampulha

O Reviva Pampulha é o Programa da Copasa elaborado para universalizar o atendimento do Sistema de Esgotamento Sanitário na bacia.

Faz parte do Programa o Plano de Ação elaborado em parceria com os Municípios de Belo Horizonte e Contagem em 2021, e homologado em março de 2023, pela Justiça Federal.

O plano prevê a interligação de 9.759 imóveis à rede de esgoto, contribuindo para eliminar o despejo de esgoto na Lagoa Pampulha, que é Patrimônio Cultural da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e símbolo de Belo Horizonte.

Atualmente, na Bacia da Lagoa da Pampulha cerca de 5% dos clientes não estão interligados às redes de esgoto da Copasa. Desses, 4% são denominados factíveis, ou seja, já possuem rede à disposição, mas não estão conectados. E 1% são denominados potenciais e não possuem sistema de esgotamento sanitário implantado.

No Plano de Ação, a Copasa é responsável pelas obras de infraestrutura necessárias para a interligação dos imóveis factíveis e potenciais da bacia ao sistema de esgotamento sanitário.

Os municípios de Belo Horizonte e Contagem, por sua vez, tem um papel importante na notificação dos moradores que se recusam a aderir às redes disponíveis, bem como nos processos de desapropriação e licenciamento ambiental que se fizerem necessários para a implantação da infraestrutura da Copasa.

Nesse contexto, por meio do Programa Reviva Pampulha, a Copasa realiza diversas ações, como a construção de redes, obras de melhorias operacionais e monitoramento de qualidade das águas dos córregos. Essas e outras ações resultaram até março deste ano em um atendimento de 36% da meta estabelecida no plano.

Dentre essas ações está o Reviva no Parque, que acontecerá em 15/6, de 9h às 15h, iniciativa em que a Copasa convida visitantes do Parque Ecológico da Pampulha a conhecerem processos de tratamento de água na Etaf e o Reviva Pampulha.

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