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‘você tem que estar bem’

Érika é a reitora da Uniesp e foi a entrevistada no 5º episódio do Vídeocast Mercado em Movimento – Foto: Mercado em Movimento. Gustavo Demétrio

O mercado de trabalho é muito dinâmico, principalmente nos dias atuais, com as mudanças rápidas que acontecem dentro das empresas e nos vínculos de trabalho. Esse tema foi discutido no 5º episódio do videocast Mercado em Movimento, que contou com a participação de Érika Marques, reitora da Uniesp, faculdade particular na Paraíba.

Com apresentação de Plínio Almeida, o videocast “Mercado em Movimento” conversa com diversas personalidades do empreendedorismo estadual, com episódios sendo divulgados toda segunda-feira. Os episódios ficarão disponíveis no site do Jornal da Paraíba e também no YouTube da CBN.

Além do tema de mercado de trabalho, Érika também comentou sobre o futuro do ensino particular no país, as oportunidades e o impacto da educação no futuro dos alunos que se comprometem nos estudos.

A revolução no mercado de trabalho

Um dos principais pontos abordados pela reitora da Uniesp foi o das mudanças que o mercado de trabalho passou nos últimos anos, cobrando dos profissionais não somente dedicação de tempo ao trabalho, mas também a qualidade do que é produzido. Para a reitora, é importante o profissional estar bem consigo mesmo para produzir adequadamente.

“De uns anos para cá se percebeu que não são as horas que você trabalha, mas o que você entrega, os seus resultados. Você tem que estar bem para atuar com as pessoas e isso faz com que você entregue resultado. Então é essa preocupação com a vida pessoal. Da mesma forma que você tem na profissional, termina sendo uma base para a sua vida profissional também”, disse.

Segundo a reitora da Uniesp, é essencial que a saúde mental esteja em dia para produzir dentro do âmbito de trabalho. Conforme Érika Marques, é preciso dedicação de corpo e alma para o trabalho, mas quando estiver fora dele é altamente requerido que exista um desligamento.

“Hoje em dia a gente está muito nessa vibe, o pessoal falando, os profissionais batendo nessa tecla da saúde mental. E quando você tem pouco tempo para si, para a sua vida, para sua família, para seus hobbies, porque tem aquela ditadura do sucesso profissional, então se eu não me dedicar 100%, quantas 1000 horas por dia, eu não vou atingir meus objetivos”, comentou.

Inteligência artificial no mercado

Plínio Almeida entrevistou Érika, reitora da Uniesp, no vídeocast Mercado em Movimento – Foto: Mercado em Movimento. Gustavo Demétrio

Também de acordo com Érika, o mercado de trabalho ainda vai passar por grandes mudanças no futuro próximo, isso porque a inteligência artificial é uma realidade que vai impactar na produção de diversos tipos de trabalho. Segundo a reitora, os profissionais do futuro terão que se adaptar para a resolução de problemas.

“São as pessoas que sabem articular, que tem essa organização, que vão sobreviver à era da inteligência artificial, porque a inteligência artificial vai colocar todo mundo em um mesmo patamar de informação. Então, da mesma forma que aconteceu com a Revolução Industrial, onde as pessoas foram trocadas por máquinas, vai ter uma onda dessa e está muito próxima e já está acontecendo”, ressaltou.

A reitora da Uniesp também ressaltou que com a chegada da inteligência artificial no mercado de trabalho, as próprias noções de finalidade dos trabalho serão mudadas.

“Não é a profissão X, A ou B que vai ou que não vai. Os papéis vão mudar. Então, assim, hoje a tendência é, por exemplo, às vezes o serviço mecânico de você pagar um telefone e passar por um setor pode ser que não exista mais, mas você vai poder trabalhar tipo no call center que vai te atender e vai tentar resolver o teu problema num nível de complexidade maior que a inteligência artificial possivelmente não vai fazer”, opinou.

Programa de graduação

Como forma de incentivar um preparo mais capacitado, Érika instaurou na Uniesp um programa de graduação para colaboradores na faculdade. O programa surgiu inicialmente colocando a oportunidade de uma bolsa de pós-graduação para os colaboradores da faculdade e foi estendido também para a graduação.

“A gente já tinha bolsa de pós-graduação para colaboradores e aí nós decidimos abrir também para a oportunidade de bolsa na graduação. E aí nós abrimos e as pessoas se inscreveram, muita gente, segurança, portaria… E aí eu te digo, eu não imaginava o impacto que esse programa ia ter. As pessoas entravam na minha sala para me agradecer e choravam assim compulsivamente”, disse.

A reitora afirmou também que indígenas e outras parcelas populacionais menos favorecidas pela sociedade tiveram garantidas a inserção na graduação por conta dessa medida executada por ela na faculdade.

“O papel da universidade é um papel muito mais ativo, porque, por exemplo, o aluno entra, ele é o seu produto e ele ao mesmo tempo é o produto final. Ele entra verde. Quando você falou das instituições públicas e privadas, eu te diria que uma grande diferença muitas vezes é quem entra”, explica. 

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