Investigado na Operação Indignus, do Gaeco, a defesa do padre Egídio de Carvalho Neto pediu à Justiça o adiamento da primeira audiência de instrução de um dos processos – marcada para o próximo dia 20. No pedido os advogados alegam a situação delicada de saúde do religioso, que cumpre prisão domiciliar atualmente.
O juiz José Guedes Cavalcanti Neto, contudo, rejeitou a solicitação de adiamento. Na decisão o magistrado considerou que uma das investigadas, uma ex-diretora, continua presa – o que faz com que o processo tenha prioridade em sua análise.
Os advogados de Egídio apresentaram um documento médico que recomenda repouso absoluto para o religioso por 60 dias.
“O acusado poderá participar da audiência virtualmente e caso não possa ser interrogado, serão ouvidas apenas as testemunhas arroladas pelas partes e posteriormente marcada uma nova audiência para o interrogatório do réu, o que não comprometerá o direito ao contraditório e à ampla defesa”, observa a decisão.
“Nossa prioridade é a saúde dele. Em um processo penal é extremamente importante a autodefesa. Nós chegamos a dar a sugestão de desmembrar, mas isso também não foi aceito”, assinalou ao Blog o advogado do padre, Rawlinson Ferraz.
Egídio de Carvalho está preso desde novembro do ano passado. Neste processo também foram denunciadas duas ex-diretoras: Amanda Duarte (ex-tesoureira) e Jannyne Dantas.