Uma famosa história da música em quatro volumes tem ícones em suas capas. Somente numa das capas o ícone é um rosto. O rosto de Beethoven.
Otto Maria Carpeaux, em Uma Nova História da Música, dá esse exemplo para dizer o quanto Beethoven foi grande, maior do que os outros.
Lembro disso agora, nesse início do mês de maio de 2024, quando o mundo da música erudita festeja os 200 anos da primeira apresentação pública da Nona Sinfonia de Beethoven.
A Nona Sinfonia foi composta entre 1818 e 1824, quando, afinal, foi executada numa sala de concertos em Viena. Seu autor estava praticamente surdo.
A última das nove sinfonias de Beethoven é diferente de tudo o que havia sido feito até então. No último movimento, incorpora a voz humana, através de solistas e de um coral.
Beethoven criou a melodia da Ode à Alegria sobre os versos de Friedrich Schiller. O trecho cantado é um dos mais populares do repertório erudito de todos os tempos.
Beethoven, em qualquer época, é um dos maiores artistas que o mundo conheceu. Otto Maria Carpeaux defende a tese de que, sem ele, a humanidade seria menos humana.
Podemos ter certeza também de que a humanidade seria menos humana sem a Nona Sinfonia.