O juiz José Guedes, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, negou, nesta quinta-feira (25), o pedido apresentado pela defesa de Jannyne Dantas, ex-diretora do Hospital Padre Zé, para revogação da prisão preventiva. Ela solicitou que a conversão da prisão domiciliar, concedida ao Padre Egídio de Carvalho fosse estendida a ela.
O entendimento do juiz é que “a situação dos réus que estão em prisão domiciliar decorre de hipótese legal específica, inclusive personalíssima, não havendo, por óbvio, como ser estendida à requerente”.
A respeito de eventual excesso de prazo, o juiz ponderou que o pedido guarda complexidade, tem diversas medidas cautelares, advogados distintos, vários pedidos formulados, pleitos de restabelecimento de prazos, aspectos que justificam eventual prazo elastecido para o término da instrução.
“Ademais, a audiência já está designada, o processo está tendo a sua regular tramitação, dentro das peculiaridades decorrentes dos aspectos enfocados, de maneira que não vislumbro motivo idôneo para o relaxamento da prisão com base em excesso de prazo”, completou.
A decisão segue o mesmo entendimento do Gaeco do Ministério Público, deu parecer contrário à prisão domiciliar a ex-diretora, a única presa.
Jannynne Dantas está presa no presídio feminino de João Pessoa desde 17 de novembro do ano passado, em decorrência da Operação Indignus, que investiga suposto esquema milionário de desvio de dinheiro dos cofres do Hospital Padre Zé.
Além de Padre Egídio, a outra ex-diretora investigada, Amanda Duarte, também cumpre a prisão em regime domiciliar por ser lactante.