A Secretaria de Ordem Pública (Seop) realiza, nesta quarta-feira (20/3), a demolição de dois prédios construídos irregularmente na comunidade da Rocinha, área que sofre forte influência do crime organizado. Um deles possui sete pavimentos, sendo os três primeiros em declive em relação ao nível da Rua Dioneia. Já o segundo prédio possui seis andares, com dois deles também em declive em relação ao solo. Engenheiros da Prefeitura estimam que os imóveis foram avaliados em mais de R$ 3 milhões.
Nenhum dos projetos tinha autorização da Prefeitura e, aparentemente, as obras foram executadas sem orientação técnica de profissional habilitado e tecnicamente qualificado. Os imóveis eram totalmente ilegalizáveis, uma vez que não atendiam os parâmetros urbanísticos da região, que previam a construção de imóveis de até dois pavimentos. Ambas as construções estão parcialmente habitadas e as famílias serão assistidas pela Secretaria de Assistência Social. As duas obras foram notificadas previamente.
– Essa é mais uma operação fundamental para combater construções irregulares, desta vez na Rocinha, uma área que sofre a influência do crime organizado, do tráfico de drogas. Nesse caso, além de preservar a vida das pessoas, considerando que são construções absolutamente ilegais, sem acompanhamento técnico em áreas de declive, a gente também asfixia financeiramente o crime organizado. Já demos, inclusive, um prejuízo a essas quadrilhas na cidade do Rio de meio bilhão de reais. Seguiremos fazendo esse tipo de operação, sempre com base nesses três pilares: preservação da vida, asfixia financeira do crime organizado e ordenamento da cidade – destacou o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
Também participam da operação agentes da Guarda Municipal, Secretaria de Assistência Social, Rioluz e Polícia Militar.
Desde 2021, a Seop já realizou 3.297 demolições de construções irregulares por todo o município, sendo 70% das operações feitas em áreas sob influência do crime organizado. Essas ações causaram um prejuízo de cerca de R$ 500 milhões aos responsáveis.
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