Colocado no rol de testemunhas pela defesa do padre Egídio de Carvalho Neto, o deputado e presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), demonstrou estranheza com a estratégia defensiva adotada pelo religioso. Além dele o arcebispo da Paraíba e o governador do Estado, além de outros 33 nomes, também foram arrolados como testemunhas.
“Nunca fui lá. Não sei nem onde fica (Hospital Padre Zé)”, disparou Galdino, ao ser questionado pela imprensa sobre o tema.
Conforme o presidente, a procuradoria da Assembleia já pediu a exclusão do nome dele da lista de testemunhas.
“Não tinha contato nenhum com esse padre (Egídio). Se eu tivesse como contribuir, não fazia questão nenhuma de participar”, complementou, acrescentando que destinou pela primeira vez este ano emendas para a unidade.
Recentemente a Justiça manteve a prisão do Padre Egídio e das outras duas ex-diretoras. Semana passada a defesa do religioso protocolou resposta à acusação.
A investigação no Padre Zé
A investigação teve início após um suposto ‘furto’ de aparelhos celulares doados pela Receita Federal para as entidades. A partir daí a Polícia Civil e o Gaeco começaram a apurar possíveis desvios na gestão do Hospital e de outras instituições ligadas. No total, os investigadores estimam desvios de R$ 140 milhões.
Um pedido de prisão do padre Egídio, Amanda e Jannyne chegou a ser negado pelo juízo da 4ª Vara Criminal da Capital, mas o desembargador Ricardo Vital de Almeida determinou, posteriormente, as prisões preventivas. No caso de Amanda ela cumpre agora prisão domiciliar.
A defesa do padre Egídio ingressou junto ao STJ com o pedido de soltura, ou conversão da preventiva em domiciliar. O pedido foi indeferido pelo ministro Teodoro Silva, sem análise do mérito.
Em um parecer dessa semana o MP pede a manutenção da preventiva e refuta as teses apresentadas pela defesa do religioso, de que ele enfrenta problemas de saúde e é responsável por cuidar de familiares idosos.