O Governo de Minas apresentou suas experiências no financiamento de ações de combate às mudanças climáticas, nesta segunda-feira (4/12), em Dubai, nos Emirados Árabes.
No quinto dia de atividades da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), o Consórcio Brasil Verde promoveu este encontro, comandado pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e com participação na mesa no pavilhão Brasil também do vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha Gonçalves, e o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck.
“Pudemos ver bons exemplos de estratégias de fundos públicos e também de captação privada, como o caso do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), com mais de US$ 700 milhões de dólares já arrecadados e distribuídos e outro US$ 1 bilhão a ser distribuído do Banco de Desenvolvimento Europeu e do banco dos BRICs”, destacou o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus.
O BDMG apoia os setores público e privado, disponibilizando crédito para empresas de todos os portes e setores, prefeituras e concessionárias de serviços públicos municipais. O banco é o estruturador oficial do Estado em operações de concessão comum e em modelos de Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Mais força para os estados
Em seguida, o vice-governador mineiro e a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marilia Melo, estiveram com o governador capixaba em uma conversa com o secretário da Agência de Recursos Naturais da Califórnia (EUA), Wade Crowfoot, já traçando estratégias de fortalecimento dos entes subnacionais para as próximas edições da COP, em especial a COP30, que será sediada por Belém (PA), em 2025.
“O secretário da Califórnia propôs dois caminhos. Primeiro, a gente pensar em um instrumento de cooperação amplo entre o Consórcio Brasil Verde e aliança climática que eles têm com alguns estados nos Estados Unidos”, comentou a secretária Marília Melo.
“Além disso, ele propôs uma agenda mais técnica direta para identificarmos similaridades entre os estados, de forma que a gente faça uma troca a partir da experiência do que já avançou nos Estados Unidos, para incluirmos isso na nossa agenda de ação climática, tanto em relação ao plano quanto em relação às ações práticas para atingir a neutralidade”, ressaltou a titular da pasta de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais.
“É importante aproximar o Consórcio Brasil Verde com seus 21 estados brasileiros e a associação de 25 estados americanos pelo clima, uma junção que pode resultar em uma participação mais ativa dos subnacionais na COP nos próximos anos”, concluiu o vice-governador Professor Mateus.
O Consórcio Brasil Verde surgiu em 2021, durante a COP26, em Glasgow, na Escócia, fruto da iniciativa dos Governadores pelo Clima.
Esse grupo surgiu em 2019, quando o Governo Federal demonstrou interesse retirar o Brasil do Acordo de Paris.
Após reuniões em que demonstraram engajamento em cumprir as metas, os chefes dos Executivos dos estados criaram o Consórcio Verde Brasil, ratificado pelo governador Romeu Zema, por meio da Lei nº 24.483, de 4/10/23, que legitimou o Protocolo de Intenções do Consórcio Interestadual sobre o Clima – Consórcio Brasil Verde.