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Maior banco de leite da rede municipal de saúde fica na  Zona Oeste, no Hospital da Mulher Mariska Ribeiro – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

O banco de leite do Hospital Mariska Ribeiro, em Bangu – Edu Kapps/SMS-Rio

O maior banco de leite da rede municipal de saúde fica em Bangu, no Hospital da Mulher Mariska Ribeiro. Inaugurado em julho deste ano, o serviço atende, inicialmente, bebês internados no Complexo Neonatal da unidade, que ganhou ainda um lactário. O local recebeu um investimento de aproximadamente R$ 840 mil em obras estruturais e R$ 500 mil em equipamentos, material e mobiliário. A implantação dos serviços ocorre de forma gradual, passando gradativamente a atender também a demanda externa, dos bebês internados em outras maternidades da rede.

– Um dos nossos maiores desafios é conseguir fazer com que as crianças tenham uma alimentação natural e saudável, e o leite humano é essencial para isso. O Hospital Mariska Ribeiro inaugurou seu banco de leite com o objetivo de incentivarmos a nutrição de crianças com leite humano in natura. A ideia é que possamos processar o leite aqui na própria maternidade, para quem está na UTI neonatal, e também para as crianças que recebem alta e que não conseguem amamentar em casa. Esse banco de leite pretende atender, aproximadamente, 100 crianças por mês e também esperamos suprir outras necessidades de outras maternidades – afirmou o secretário de Saúde, Daniel Soranz.

 

Armazenamento de 2 mil litros de leite humano

O banco de leite tem capacidade para armazenar cerca de 2 mil litros de leite humano e conta com uma sala de apoio à amamentação, durante 24 horas por dia, com ambientação e identidade visual do Cegonha Carioca, que visa oferecer um ambiente humanizado e acolhedor para as mães. Também conta com consultório de atendimento médico específico para os bebês e doadoras, uma recepção de acolhimento e triagem, além de cinco salas: de extração de leite manual e com bomba elétrica, de higienização, de processamento, de estocagem e de distribuição.

O banco de leite tem a função de armazenar e ofertar leite humano ordenhado pasteurizado (LHOP) aos recém-nascidos internados em UTI neonatal, que por algum motivo não podem ser alimentados pelas próprias mães, além de atendimento para apoio e orientação para o aleitamento materno.

Toda lactante saudável que esteja com boa produção de leite e amamentando seu próprio filho está apta a doar. O leite passa por um processo de qualidade e segurança antes de ser oferecido aos bebês prematuros (nascidos com menos de 37 semanas de vida intrauterina) e recém-nascidos com baixo peso (menos de 2.500 gramas ao nascimento, independentemente da idade gestacional). O leite humano é considerado o principal fator de redução da mortalidade na infância.

 

Shaiene Gomes ressaltou a importância das orientações dadas às mamães – Beth Santos / Prefeitura do Rio

 

– O banco de leite em si nos ajuda muito, por exemplo, com orientação. Muitas das vezes temos dificuldade de amamentar e aqui somos instruídas para isso. O banco de leite é fundamental porque existem mães que não têm condições de amamentar e aqui elas são ajudadas. Mães são acolhidas quando se sentem inferiores por não terem o leite, por não saberem como trabalhar para produzir o leite – disse Shaiene da Silva Gomes, de 34 anos, mãe de Shawan Junior.

Para os recém-nascidos que necessitam do uso de fórmula láctea, a unidade contará com um novo lactário, com produção própria., para maior rigor de qualidade desse leite ofertado aos bebês. O setor terá salas da coordenação de nutrição, de preparo, fracionamento e distribuição.

 

Tamara Faustino Guimarães e o pequeno Tito – Edu Kapps / SMS-Rio

 

Tamara Faustino Guimarães, de 27 anos, mãe do pequeno Tito, que nasceu prematuro no dia 20 de maio, foi só elogios para as novas instalações:

– Por ser mãe e não ter a quantidade suficiente de leite para suprir meu bebê, o banco de leite conseguiu nutrir meu filho da maneira mais adequada. Eu sei que a fórmula ajuda, mas sabemos que o leite materno é muito superior em qualidade, em nutrientes. Então, acho que o leite materno  consegue ajudar muito mais meu filho, assim como outras crianças. Acho também uma atitude muito bonita das mães que fazem as doações, a questão de apoiar outras mamães. Vou continuar fazendo os estímulos para conseguir ter leite para o meu bebê e também para ser uma possível doadora.

O Hospital da Mulher Mariska Ribeiro realiza cerca de 1.650 atendimentos na emergência, 300 partos por mês e 5 mil consultas ambulatoriais. Em 2022, a UTI neonatal da unidade atendeu 459 bebês, estando entre as maternidades da rede que mais oferecem vagas para os recém-nascidos de risco. Muitos desses bebês dependem do leite humano doado.

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  • 16 de outubro de 2023
  • Marcações: banco de leite Bangu Hospital da Mulher Mariska Ribeiro lactário Prefeitura do Rio prefeitura do Rio de janeiro

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